28 de abr. de 2014

Vacina contra o HPV: eficaz e segura?

A campanha de vacinação contra o HPV do Ministério da Saúde, realizada de 10 de março a 10 de abril de 2014, vacinou mais de 3 milhões de meninas de 11 a 13 anos, número que corresponde a 83% da meta estabelecida que é aplicar a vacina em 4,1 milhões de adolescentes nessa faixa etária até o final do ano. Em 2015 serão vacinadas adolescentes entre 9 e 11 anos e a partir de 2016 passam a ser imunizadas as meninas que completam 9 anos.

No entanto, algumas dúvidas quanto à eficácia da vacina são levantadas, uma vez que cerca de 80% das infecções por HPV é assintomática e auto-resolutiva, regredindo espontaneamente, sem desenvolver infecção com potencial para evoluir para o câncer. Além disso, já existe uma estratégia de prevenção contra o câncer de colo de útero representada pelo rastreamento de Papanicolaou, exame citopatológico que permite a detecção de formas precursoras do câncer antes que a doença se desenvolva. Ainda que a eficácia da vacina seja endossada pelo Ministério da Saúde, a vacinação não substitui a realização do exame preventivo.

Nesse contexto, a equipe do Telessaúde RS, um núcleo técnico-científico de qualificação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) por meio da oferta de teleconsultorias,  realizou uma avaliaçãocrítica sobre a vacina do HPV. O resultado dessa avaliação aponta que ainda não existem informações sobre a redução de mortalidade por câncer de colo de útero decorrente da aplicação da vacina, uma vez que a doença tem evolução muito lenta e os estudos não tiveram duração suficiente para demonstrar tais resultados. A avaliação crítica ainda aborda a segurança da vacina, considerando os eventos adversos relatados e a falta de informações sobre os benefícios da vacina em termos de proteção contra o câncer e sugere aguardar resultados de análises independentes de estudos mais bem delineados e realizados em locais onde a vacina está implantada há mais tempo.

A avaliação crítica sobre a vacina do HPV pode ser conferida na íntegra clicando aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

Fontes:
- PORTAL BRASIL. Vacina contra HPV está disponível nos postos de saúde. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/04/vacina-contra-hpv-esta-disponivel-nos-postos-de-saude. Acesso em: 24 abr. 2014.
- CASTRO FILHO, E.D. Avaliação Crítica da Vacina do HPV. Núcleo de Telessaúde Técnico-Científico do Rio Grande do Sul – TelessaúdeRS. Disponível em: file:///C:/Users/REC004/Downloads/Vacina%20HPV_TelessaudeRS%20(1).pdf. Acesso em: 24 abr. 2014.
- Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde – BRATS. Câncer de colo de útero: a vacina para prevenção do HPV e o desafio para a melhoria da qualidade do rastreamento no Brasil. Ano VI nº 17 | Dezembro de 2011.

9 de abr. de 2014

Vacina contra o HPV

O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra o vírus HPV no calendário de vacinação de meninas de 11 a 13 anos desde 10 de março de 2014 e, a partir de 2015, será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos. Cada menina deve receber três doses da vacina contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda deverá ocorrer em seis meses. E a terceira, que serve como reforço, cinco anos após a primeira. Ela é indicada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus.
A vacina contra HPV distribuída gratuitamente no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, sendo que este é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama.
Desde o início da campanha de vacinação no Brasil foram registrados casos de reações adversas graves, manifestadas por convulsões, em meninas que receberam a vacina contra o HPV no Rio Grande do Sul. Embora o Ministério da Saúde garanta que a vacina é segura, tais ocorrências acabam por gerar dúvidas quanto ao perfil de segurança desse insumo. Nesse contexto o Pergunte ao CIM-RS responde: Existem informações disponíveis sobre a segurançade uso da vacina contra o HPV? Confira a resposta clicando aqui.
Como complemento a resposta, sugerimos a leitura do material elaborado pela  e do artigo sobre os relatos de reações adversas à vacina após 2,5 anos de comercialização nos Estados Unidos, Postlicensure Safety Surveillance for Quadrivalent Human Papillomavirus Recombinant Vaccine, de Slade e colaboradores

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

 




Fontes:

- Blog da Saúde. Ministério da Saúde recebe primeiro lote da vacina contra HPV. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/programasecampanhas/33490-ministerio-da-saude-recebe-primeiro-lote-da-vacina-contra-hpv. Acesso em: 31 mar. 2014.

- G1 Rio Grande do Sul . Ministério fará investigação 'rigorosa' de reações à vacina anti-HPV no RS.  Disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/03/ministerio-fara-investigacao-rigorosa-de-reacoes-vacina-anti-hpv-no-rs.html. Acesso em: 31 mar. 2014.


3 de abr. de 2014

Portal Saúde Baseada em Evidências do Ministério da Saúde

Portal Saúde Baseada em Evidências é uma ferramenta que contribui para aprimorar o exercício dos trabalhadores da saúde democratizando as condições de acesso, nas suas áreas de atuação, a conteúdos que os ajudarão a atender com mais qualidade os usuários do SUS.
O portal é uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que disponibiliza aos profissionais de saúde acesso rápido e fácil a conteúdos e evidências científicas devidamente revisadas e referenciadas. São 13 bases disponíveis, dentre as quais estão:
- Micromedex®: Fonte de evidência clínica que auxilia os farmacêuticos e outros profissionais de saúde com informações baseadas em evidências quando e onde for necessário, para melhorar a qualidade e segurança do paciente. Inclui recomendações clinicamente consistentes sobre drogasposologiainterações medicamentosasdoençastoxicologia e muito mais.
- Bulário Eletrônico: Desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para facilitar o acesso rápido e gratuito da população em geral e do profissional de saúde a bulas de medicamentos. Atualmente, há bulas de mais de 600 medicamentos para consulta. 
- Best Practice – British Medical Journal: base de dados em prática médica que fornece informações sobre testes diagnósticos (inclusive diferenciais) e diretrizes terapêuticas;


É preciso se cadastrar para ter acesso ao portal. Para isso, basta seguir os passos:

1º Passo - Acesse http://periodicos.saude.gov.br e clique em “Acesse aqui os periódicos”.
2º Passo - No menu “Perfil” escolha a opção “Profissional”.
3º Passo - No menu “USUÁRIO QUE NÃO POSSUI ACESSO” (canto inferior esquerdo da página) clique em “Cadastro de novo usuário”.
4º Passo - Na próxima etapa no menu “Conselhos”, você deverá selecionar a sigla do seu Conselho Federal de Classe. Na sequência, é necessário informar sua “UF” (Unidade da Federação), seu Número de Registro Profissional no campo “Número”, e Data de Nascimento. Preenchidos esses campos, clique em “Avançar”.
 5º Passo - Após a realização do 4º passo, abrirá a tela “ACESSO AO SISTEMA – PROFISSIONAL”. As informações que você forneceu nas etapas anteriores aparecerão na tela. Para completar o cadastro, preencha os campos: “E-mail”, “Senha” e “Confirmar senha”. Para finalizar o cadastro, clique em “Gravar”.
 6º Passo - Agora que seu cadastro já foi realizado não precisa repetir todos os passos na próxima vez que acessar o Portal. Basta selecionar a opção "CFF" (em "Conselhos"), digitar a UF e sua senha.


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