25 de set. de 2015

Dicionário de avaliação de tecnologias em saúde



Tecnologia em saúde é a aplicação do conhecimento e habilidades organizados na forma de dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida 1.
Avaliação das tecnologias em saúde (ATS) é a avaliação sistemática das propriedades, efeitos e/ou impactos da tecnologia em saúde. É um processo multidisciplinar para avaliar as questões sociais, econômicas, organizacionais e éticas de uma intervenção de saúde ou de tecnologias em saúde. O principal objetivo da realização de uma ATS é subsidiar as decisões políticas quanto ao impacto da tecnologia em saúde 2.

O Instituto de Avaliação de Tecnologias em Saúde (IATS) recentemente compôs o Dicionário de ATS, o qual tem como objetivo harmonizar a terminologia utilizada nesse jovem segmento. Além da simples descrição do significado das palavras, o leitor encontrará uma breve explicação contextual, envolvendo conceito do termo e buscando promover o entendimento sobre sua utilidade e aplicação 3. O documento pode ser acessado aqui.


Boa leitura,
Equipe CIM-RS

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Referências:

  1. Organização Mundial da Saúde. Health topics: Technology, Health. Disponível em: http://www.who.int/topics/technology_medical/en/. Acesso em: 25 set. 2015.
  2. Organização Mundial da Saúde. Medical devices: Health technology assessment. Disponível em: http://www.who.int/medical_devices/assessment/en/. Acesso em: 25 set. 2015.
  3. Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde. Dicionário de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Disponível em: http://www.iats.com.br/dicionario.pdf. Acesso em: 25 set. 2015.

17 de set. de 2015

Comprimidos sulcados e não sulcados: quando podemos partir?



A partição de compridos é um procedimento comumente praticado por leigos e, esporadicamente, pelos profissionais de saúde. Os motivos que levam à divisão de comprimidos incluem a necessidade de ajuste da dose, a facilidade de deglutição dos comprimidos partidos e a economia financeira. Entretanto, o processo de partição é impreciso, levando frequentemente à obtenção de partes de tamanho desigual e perda de parte da massa do comprimido. Dessa forma, a partição de comprimidos pode afetar a dose da medicação e, consequentemente, a resposta terapêutica.
A precisão na divisão dos comprimidos é influenciada pelo seu tamanho, forma, dureza, método de divisão e habilidade humana.
A recomendação geral é evitar a partição de comprimidos não sulcados ou comprimidos revestidos de liberação entérica ou de liberação sustentada.
Normalmente, é possível partir comprimidos sulcados de liberação imediata ou que não contenham fármacos de índice terapêutico estreito. Quando for possível partir o medicamento, é preferível usar um aparelho específico para esse uso. Entretanto, ainda assim, as partes obtidas podem não ser uniformes.
Nos EUA, a FDA introduziu o conceito de sulco funcional para aqueles comprimidos sulcados em que o fabricante testou a capacidade do comprimido de originar subdivisões uniformes aceitáveis, atendendo a critérios de qualidade determinados previamente. Essa é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a avaliar criticamente se o medicamento pode ou não ser dividido.
A ANVISA descreve que a prática de partir comprimidos é útil quando permite a dose correta ao paciente, mas é imprescindível que o médico, farmacêutico e o paciente estejam de acordo. Esses profissionais podem ajudar os pacientes informando se a partição do comprimido é uma escolha viável para as medicações prescritas. As recomendações da ANVISA podem ser lidas na íntegra aqui.
Boletim do CEBRIM/CFF sobre a partição de comprimidos pode ser lido aqui.

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Referências bibliográficas:
  1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Perguntas frequentes: Partição de Comprimido. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Perguntas+Frequentes/Medicamentos/2d88e58040506f38a8e4a889c90d54b4. Acesso em: 10 set. 2015.
  2. Verrue et al. Tablet-splitting: a common yet not so innocent practice. Journal of Advanced Nursing 2011; 67(1), 26–32.
  3. Elliot et al. The practice and clinical implications of tablet splitting in international health. Tropical Medicine and International Health 2014; 19 (7), 754–760.
  4. Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research. Guidance for Industry Tablet Scoring: Nomenclature, Labeling, and Data for Evaluation. USA. 2013 March. 5p.

15 de set. de 2015

Funcionamento do Centro dia 18/09/15

Informamos aos nossos usuários que o atendimento no CIM-RS no dia 18/09/15 ocorrerá excepcionalmente à tarde, entre 13h30min e 17h30min.

Atenciosamente,
Equipe CIM-RS

4 de set. de 2015

Os suplementos de ferro são intercambiáveis?



A anemia consiste na redução dos níveis de hemoglobina sérica, como resultado da deficiência nos estoques de ferro no organismo. A anemia afeta aproximadamente 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a OMS. A anemia por deficiência de ferro é a mais comum, correspondendo a 80% de todos os casos diagnosticados. Além do tratamento da anemia pela reposição dos estoques de ferro, é de fundamental importância conhecer e tratar a causa da anemia.
A via preferencial de reposição de ferro é a oral e a dose terapêutica recomendada é de 2 a 6 mg/kg/dia por período suficiente para normalizar os valores da hemoglobina e restaurar os estoques normais de ferro. Não é recomendada a administração de doses diárias superiores a 200 mg, pois a mucosa intestinal atua como barreira, impedindo a absorção do ferro.
Diversos suplementos estão disponíveis comercialmente e a quantidade de ferro elementar de cada composto varia amplamente. Entretanto, no Brasil, o sulfato ferroso é o composto disponível para o tratamento e prevenção da deficiência de ferro em quase a totalidade dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Nesse sentido, o CIM-RS responde a seguinte questão: “Glicinato férrico e ferro polimaltosado podem ser utilizados com a mesma finalidade que sulfato ferroso, ou seja tratamento de anemia?” Para ler a resposta, clique aqui.

1.    DRUGDEX Consults® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch . Acesso em: 13 mai. 2015.
2.    DISEASEDEX System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch . Acesso em: 13 mai. 2015.
3.    Cançado RD, Lobo C, Friedrich JR. Tratamento da anemia ferropriva com ferro por via oral. Rev Bras Hematol Hemoter 2010; 32(Supl. 2):114-120.
4.    Cançado RD. Tratamento da anemia ferropênica: alternativas ao sulfato ferroso. Rev Bras Hematol Hemoter 2009; 31(3):121-122.      

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