24 de mar. de 2017

Qual a diferença entre o mononitrato e o dinitrato de isossorbida?



Os nitratos têm ação farmacológica similar1,2,3, porém, possuem diferenças quanto à farmacocitica, indicações de uso, doses e posologia. O mononitrato de isossorbida é metabólito ativo da forma dinitrato1,4,5. O mononitrato de isossorbida difere do dinitrato em variáveis do perfil farmacocitico3: não sofre metabolismo de primeira passagem, tem um tempo de meia-vida de eliminação longa (5h), não possui metabólitos ativos, a biodisponibilidade é aproximadamente 100% e os veis séricos são mais reprodutíveis e previsíveis.
Comparando os perfis farmacocinéticos, observa-se que devido à sua alta lipofilicidade, o dinitrato de isossorbida é bem absorvido por via sublingual e permite redução dos sintomas da crise de angina em aproximadamente 5 minutos1.
O mononitrado de isossorbida é utilizado no tratamento de manutenção da angina(uso crônico)1,4,5, enquanto o dinitrato de isossorbida é administrado em pacientes que não respondem à nitroglicerina sublingual1,4,5 e para o tratamento das manifestações agudas da angina instável, ou seja, dor no peito mesmo em situações de repouso6.
Ressalta-se que o mononitrato e o dinitrato de isossorbida possuem características próprias, além de formas farmacêuticas variáveis, proporcionando diferenças na terapêutica, por isso não são intercambiáveis. A troca entre estes fármacos não deve ser realizada sem o conhecimento do médico prescritor.


Texto elaborado por Acadêmico Iago Christofoli
Revisado por Prof. Tatiane da Silva Dal Pizzo


REFRENCIAL BIBLIOGRÁFICO

  1. SWEETMAN S. (Ed), Martindale: the complete drug reference. London: Pharmaceutical Press. Electronic version, Greenwood Village, Colorado: Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 20/03/2017.
  2. MCEVOY, G. K. (Ed.) AHFS Drug Information. Bethesda: ASPH, 2014.
  3. DRUGDEX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters.Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 20/03/17.
  4. SNOKE, J. et al. Drug Information Handbook. 23. ed. Hudson: Lexi-comp, 2014.
  5. FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
  6. DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

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