21 de jun. de 2017

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16 de jun. de 2017


  
QUAL A VALIDADE DOS MEDICAMENTOS APÓS O PRIMEIRO USO?

            Não é possível estabelecer uma regra, pois a estabilidade depende de inúmeros fatores como formulação, presença de conservantes, condições de armazenagem, técnica de manuseio, entre outros1.

            Porém, para algumas formas farmacêuticas, existe um consenso, por exemplo, xaropes podem ter um limite de uso de até um mês após abertos2. Já produtos oftálmicos, é recomendado o uso por um período máximo de 30 dias, descartando seu conteúdo após esta data2. O prazo máximo para estoque dos medicamentos submetidos à preparação de dose unitarizada é de 60 dias, respeitada a forma farmacêutica e o prazo de validade estabelecido. Se não houver rompimento da embalagem primária, o prazo de validade será o determinado pelo fabricante, já quando há o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade será, quando não houver recomendação específica do fabricante, de no máximo 25% do tempo remanescente constante na embalagem original3. Para preparações extemporâneas, o prazo para uso não deve exceder 48 horas3.

            O National Health Service (NHS), no Reino Unido, publicou em 2010, com revisão em 2014, documento direcionado para a população sobre a validade após o primeiro uso de medicamentos.
            É descrito que loções e xampus após o primeiro uso podem ser empregados por até 6 meses4. Pomadas e cremes de 3 a 6 meses, dependendo de qual é a embalagem primária5. Gotas estéreis para uso nasal, oftálmico e otológico devem ser administradas por no máximo 28 dias4. Para medicamentos inalatórios e aerossóis, a validade do fabricante não é alterada4,5; para insulinas, após o rompimento do lacre, podem ser usadas por até 28 dias e acondicionadas em temperatura ambiente (25ºC)5 e para sprays nasais o prazo para administração é de 3 meses5.

            Para todos os prazos, quando o fabricante determinar períodos menores, a orientação deve ser atendida.

            Na dúvida sobre a validade de um determinado medicamento, o usuário deve buscar orientações com seu farmacêutico.

            Para acessar o documento da NHS, clique aqui.

Texto elaborado por Acadêmico Iago Christofoli
Revisado por Prof. Tatiane da Silva Dal Pizzol

REFERÊNCIAS


  1. ALLEN JR, L. V. et al. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
  2. SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R. Cuidados com os Medicamentos. 5. ed. rev. Florianópolis: UFSC, 2012.
  3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/res0067_08_10_2007.html. Acesso em: 14/06/2017.   
  4. Good Practice Guidance: Expiry Dates for Medication. NHS, Ed. 2010.
  5. Good Practice Guidance: Expiry Dates for Medication. NHS, Ed. 2016.

9 de jun. de 2017

Qual a recomendação para administração concomitante de omeprazol e levotiroxina?



É relatada interação1,2,3 de gravidade moderada, com boa documentação e de início tardiopara o uso concomitante de levotiroxina e omeprazol, podendo causar diminuição da eficácia da levotiroxina. O manejo preconizado é administrar alevotiroxina 4 horas antes ou após o omeprazol, e monitorar os pacientes adequadamente1,2.Esta interação e o manejo também ocorre com outros inibidores da bomba de prótons, como lanzoprazol, pantoprazol e esomeprazol.
Levotiroxina deve ser administrada com estômago vaziopela manhã, de30mina 1hantes do café da manhã, ou 2h depois do café da manhã ou da primeira refeição do dia, oudistante 4h dos medicamentos que diminuem sua absorção2,3,4.
Quanto ao omeprazol, é recomendado que seja administrado com estômago vazio de 30min a 60min antes de uma refeição, preferencialmente do café da manhã para que atinja sua melhor efetividade. A taxa de absorção é diminuída pelo alimento, mas a extensão da absorção não é afetada2,4.
O uso desses medicamentos deve ter acompanhamento médico e farmacêutico.
         Texto elaborado por Acadêmico Iago Christofoli
Revisado por Prof. Tatiane da Silva Dal Pizzol

1.   DRUG-REAX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 05/06/2017
2.   DRUGDEX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch . Acesso em: 05/06/17.
3.   DRUG Facts and Comparisons. 2014 Edition. St.Louis: Facts and Comparisons, 2013.
4.   MCEVOY, G. K. (Ed.) AHFS Drug Information. Bethesda: ASPH, 2014.
5.   SNOKE, J. et al. Drug Information Handbook. 23. ed. Hudson: Lexi-comp, 2014.
6.   SWEETMAN S. (Ed), Martindale: the complete drug reference. London: Pharmaceutical Press. Electronic version, Greenwood Village, Colorado: Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponívelem: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch . Acesso em: 05/06/17.


2 de jun. de 2017

Interação entre captopril e hidroclorotiazida



Captopril e hidroclorotiazida são comumente prescritos, fazendo parte da Relação Nacional de Medicamentos (RENAME)1, da REMUME (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) da maior parte dos municípios gaúchos, Porto Alegre2, Gravataí3, Santa Maria4, além  dos medicamentos distribuídos gratuitamente pelo programa Aqui tem Farmácia Popular5.
Captopril é um inibidor da enzima conversora da angiotensina I (ECA), tem usos aprovados para insuficiência cardíaca congestiva, em combinação geralmente com diuréticos (exemplo, hidroclorotiazida), para nefropatia diabética, para pacientes com Diabetes tipo 1 com retinopatia, para hipertensão arterial sistêmica, para crises hipertensivas e para disfunção cardíaca ventricular4,5,6.
Já a hidroclorotiazida é um diurético tiazídico com indicação clínica aprovada para hipertensão arterial sistêmica e edema6,7,8.
É descrito interação entre Inibidores da ECA quando há uso concomitante com diuréticos tiazídicos, podendo resultar na redução excessiva da pressão arterial7. A interação é classificada como moderada e de início imediato9.
Essa interação sinérgica, ou seja, que provoca efeito aditivo pode ser intencional, justamente para que o controle da pressão arterial leve e moderada seja atingido mais rápido10, evitando que pacientes tenham complicações a até mesmo sequelas em função da morbidade. Essa associação é prevista, por exemplo, nas diretrizes da American Medical Association11.
O manejo da interação entre captopril e hidroclorotiazida inclui o monitoramento clínico por meio de rígido controle da pressão arterial e possíveis sintomas.
Texto elaborado por Acadêmico Iago Christofoli
Revisado por Prof. Tatiane da Silva Dal Pizzol

  1. Relação Nacional de Medicamentos 2014 (RENAME). Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/julho/30/Rename-2014-v2.pdf. Acesso em: 1º/06/2017
  2. REMUME PORTO ALEGRE 2016. Disponívelem:http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/remumearquivo24.11.16site.pdf. Acesso em: 02/03/2017.
  3. REMUME GRAVATAÍ 2016-2019. Disponível em:http://www.saude.rs.gov.br/upload/1471009389_PES%202016-2019%20-%2012%2008.pdf. Acesso em: 02/03/2017
  4. REMUME SANTA MARIA 2016. Disponível em: http://www.santamaria.rs.gov.br/saude/335-assistencia-farmaceutica. Acesso em: 02/03/2017.
  5. Lista de Medicamentos do Aqui tem Farmácia Popular. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/23/Lista-Site-Medicamentos-SNTP---DEZEMBRO-2016.pdf. Acesso em: 1º/06/2017.
  6. DRUGDEX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 02/03/2017.
  7. SNOKE, J. et al. Drug Information Handbook. 23. ed. Hudson: Lexi-comp, 2014
  8. MCEVOY, G. K. (Ed.) AHFS Drug Information. Bethesda: ASPH, 2014.
  9. DRUG-REAX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 02/03/2017
  10. TATRO, D. S. (Ed.). Drug Interaction Facts 2015: the authority on drug interactions. St. Louis: Facts&Comparisons, 2015.
  11. Paul A. James et al. Evidence-Based Guideline for the Management of High Blood Pressure in Adults. Clinical Review & Education, E1-E14, 2013.